m reunião com dirigentes da CUT, das demais centrais sindicais e dos sindicatos de base, as principais lideranças trabalhistas do país reforçaram a unidade em torno de mobilizações programadas para a próxima sexta-feira, dia 10 de novembro, em todas as regiões do Brasil.
Entre as ações em defesa dos direitos trabalhistas – e pela resistência à Reforma que entrará em vigor no dia 11 de novembro acabando com a carteira assinada, férias e 13º e oficializando o bico, entre outros ataques –,contra o desmonte da Previdência e pelo fim do trabalho escravo ocorrerão atos, fechamentos de rodovias e avenidas, panfletagens e paralisações.
Na cidade de São Paulo, a manifestação começará com a concentração às 9h30, na Praça da Sé, e continuará com uma caminhada até a Avenida Paulista. Também está previsto um ato dos servidores públicos no Palácio dos Bandeirantes, às 14h, na sede do governo paulista de Geraldo Alckmin (PSDB), contra o projeto que prevê a limitação de investimentos públicos no estado.
Ao final da reunião das centrais, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, convocou as bases para a batalha e apontou que é possível deter os avanços dos patrões. O dirigente lembrou ainda que durante as manifestações, as centrais continuarão a colher assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular que anula a Reforma Trabalhista.
“Todas as centrais sindicais e movimentos sociais irão se manifestar dizendo que esse governo fez a Reforma Trabalhista, mas temos a possibilidade de reverter com luta. Além disso, temos de começar já a nos organizar para impedir a entrada em vigor da Reforma da Previdência e se o Temer ousar votá-la temos que fazer um Dia Nacional de Luta, Greve e Manifestações para enfrentar esse governo golpista”, disse.
Vagner apontou ainda que foi necessária intervenção do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o conceito de trabalho escravo não fosse flexibilizado, dificultando a fiscalização e facilitando para patrões que exploram mão de obra em sistema análogo ao da escravidão.
Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre, destacou que os atos prometem acompanhar a indignação da classe trabalhadora com o roubo de direitos.
“Todas as centrais e sindicatos se mostraram alinhados a fazer uma grande mobilização no dia 10. Nos 27 estados da federação estamos vendo bastante empenho da militância e acreditamos que será uma manifestação histórica, demonstrando que a classe trabalhadora não aceita a reforma do Temer e vai lutar para derrotá-la, seja por meio do abaixo-assinado, seja na luta concreta nas bases e pressionando o Congresso para derrubá-la”, falou.
Exemplo de luta
Também presentes na reunião, representantes do Sindicato dos Bancários do ABC entregaram o resultado da campanha do abaixo-assinado pela revogação da Reforma Trabalhista na região. A organização que representa sete mil trabalhadores conseguiu coletar 4.656 assinaturas.
“Dia 7 começamos a divulgar e 15 dias depois já iniciamos a campanha em agência bancárias, corredores de ônibus e espaços públicos como praças. Quando você passa para as pessoas o que está acontecendo e a perda de direitos que terão, rapidamente aderem à campanha e começam a se posicionar contra o que está acontecendo, o governo golpista e o Congresso Nacional. É, portanto, também uma maneira de formar e romper o bloqueio da mídia”, avaliou o presidente do sindicato, Belmiro Moreira.
Confira a programação completa por estado:
Acre
Rio Branco
08h – Ato com concentração na Praça da Revolução
Alagoas
Maceio
08H – Concentração na praça Sinimbu
Amazonas
Manaus
16h – Manifestação na Praça Heliodoro Balbi (Praça da Polícia)
Amapá
Macapá
10h – Concentração na Praça da Bandeira
Bahia
Salvador
11h – Caminhada do Campo Grande até a Praçã Municipal
13h – Manifestação na porta da Previdência Social no Comércio
Brasília
09h – Ato Fora Temer e suas medidas – Espaço do Servidor – Esplanada dos Ministérios
Ceará
Fortaleza
Marcha da Esperança/ Dia Nacional de Luta contra a Reforma Trabalhista
8h – Praça Clóvis Beviláqua (Praça da Bandeira – Centro)
Espírito Santo
Vitória
12h- Concentração na Praça 8 e caminhada até a justiça do trabalho
17h- Ato na UFES (Universidade Federal do ES)
Goiás
Goiânia
16h- Ato unificado na Praça do Bandeirante
Minas Gerais
Belo Horizonte
09h – Ato na Praça da Estação
Mato Grosso do Sul
Campo Grande
16h – Ato na Praça Ari Coelho com enterro da CLT na superintendência do trabalho
Mato Grosso
Cuiabá
15h – Praça Alencastro
Pará
Belém
08h30 – Concentração no TRT na Praça Brasil – Caminhada até o Ver-O-Peso
Paraná
Curitiba
11h- Ato na Boca Maldita
Paraíba
João Pessoa
14h – Lyceu Paraibano
Pernambuco
Recife
09h – Assembleia da classe trabalhadora na Praça da Democracia (Derby)
Piauí
Teresina
08h – Ato Unificado – Praça Rio Branco – Com Caminhada pelas Ruas do Centro
Rio Grande do Norte
Natal
14h – Ato com concentração na Praça Gentil Ferreira no Bairro Alecrim. Depois será feita uma caminhada pelas ruas principais até a Cidade Alta
Roraima
Boa Vista
09h- Concentração na Praça do Centro Cívico – caminhada pelas ruas do centro
Rio Grande do Sul
Porto Alegre
10h as 14h – Plenária de Mobilização – Auditório da Igreja da Pompeia (R. Barros Cassal, 220, Floresta POA)
16h – Abraço à Justiça do Trabalho – Av. Praia de Belas
18h – Ato das Centrais – Esquina Democrática
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
16h – Concentração na Candelária – Caminha pra a Cinelândia
Santa Catarina
Florianópolis
16h- Ato no terminal Urbano
Várias regiões do estado, como Chapecó, Região Serrana, entre outras terão atos nas portas dos locais de trabalho.
São Paulo
São Paulo
09h30 – Ato em São Paulo – Concentração na Praça da Sé
10h30 – Caminhada até a Avenida Paulista
14h30 – Ato de professores e servidores no Palácio dos Bandeirantes contra o PL da Morte
Campinas
17h00 – Ato no Largo do Rosário, no Centro.
Sergipe
Aracaju
15h- Ato com concentração às 15h na Praça Getúlio Vargas (praça da OAB)
Tocantins
Palmas
09h – Em frente a CEF – Quadra 105 Sul – Rua SE 01
*Até dia 10 de novembro, essa programação será atualizada