Dois bilhões de pessoas não têm acesso aos serviços oferecidos por bancos. Para reverter esse cenário de exclusão que representa um obstáculo ao desenvolvimento socioeconômico, a União Internacional de Telecomunicações (UIT) publicou neste mês 85 recomendações sobre políticas de inserção da população em sistemas financeiros através de tecnologias digitais.
Orientações abordam temas como autenticação e segurança de usuários no meio virtual, o papel de organismos reguladores, os efeitos da competitividade no mercado digital de serviços financeiros e os custos e atributos dos aparelhos portáteis, como smartphones, que podem ser utilizados em transações e operações de gerenciamento de crédito.
Segundo a UIT, as novas tecnologias de comunicação e informação (TICs) oferecem soluções de baixo custo para incluir pessoas que estão desconectadas não apenas da Internet, mas também de sistemas financeiros formais.
“Revisando e avaliando as melhores práticas internacionais, desenvolvemos um conjunto de ferramentas que pode ser adaptado às necessidades locais. Esperamos que ajude a ampliar as oportunidades (de comunidades) através do fornecimento de serviços financeiros digitais mais acessíveis, seguros, transparentes e robustos para consumidores e comerciantes em mercados emergentes”, disse o secretário-geral da UIT, Houlin Zhao.
O documento foi elaborado a partir de consultas com um grupo de 60 empresas de mais de 30 países. Diálogos entre a agência da ONU e as corporações começaram em 2014 para elaborar orientações exequíveis por governos e pela iniciativa privada.
A presidente do grupo, Sacha Polverini, destacou que o valor das recomendações depende agora da sua aplicação sistemática em mercados “que precisarão de orientação e apoio”. “Estamos revendo atualmente a oportunidade de dar prosseguimento a uma nova iniciativa global que esperamos anunciar em abril de 2017”, afirmou.
Acesse todas as recomendações clicando aqui (em inglês).